sábado, 18 de setembro de 2010

O diário de Anne Frank (Livro)


"Espero poder contar tudo a você, como nunca pude contar a ninguém, e espero que você seja uma grande fonte de conforto e ajuda." (Anne Frank - 12 de junho de 1942).


Assim começa o diário de Anne Frank, uma adolescente judia que viveu os traumas
da Segunda Guerra Mundial.
O diário foi um presente que ela recebeu no dia do seu aniversário, quando as coisas ainda iam bem com a família Frank. Um tempo depois Anne e sua família tiveram que se esconder num lugar denominado “Anexo Secreto” para não serem levados ao campo de concentração judeu.
A maior parte do diário foi escrito no Anexo Secreto, onde oitos pessoas ali se refugiavam.
Em forma de carta a adolescente judia escrevia tudo o que acontecia, sentia e pensava à sua amiga imaginária: Kitty.
Os escritos falavam dos traumas, medos e anseios causados pela guerra. Também encontra-se no diário comentários sobre os membros refugiados no anexo; assim podemos conhecer melhor as pessoas que viveram com Anne.
Esse é um livro que expressa toda a força da raça humana e o amor pela vida. Através dessa leitura enxergamos o quanto deve-se amar a vida e as obras de Deus – a natureza, por exemplo. Depois de ler esse livro, acredito que as pessoas entenderão o quanto podemos ter fé e esperança, mesmo que o mundo diga NÃO.


Estátua de Anne Frank na Casa de Anne Frank, em Amsterdã.


FRANK, Anne. O diário de Anne Frank: edição integral/Anne Frank; tradução de Ivanir Alves Calado – 26ª Ed. – Rio de Janeiro: Record, 2008.

Por Anderson Cavalcanti

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Resenha – A Menina que Roubava Livros (Markus Zusak)


“Quando a Morte conta uma história, você deve parar para ler”.

Essas são as primeiras palavras da Morte – personagem que narra a história da menina que roubava livros: Liesel Meminger. Esse é um livro simplesmente singular, super autêntico. Confesso que me apaixonei por essa bela criação do escritor australiano Markus Zusak.

Liesel, menina que viu o irmão morrer nos braços da mãe e daí em diante viu sua vida mudar bruscamente. Menina que tanto se esquivou da narradora desse livro - a Morte – e teve a sua trajetória contada por esta; esta que procura “levar” vidas.

O primeiro livro roubado pela menina foi “O Manual do coveiro”. Livro este que foi deixado cair pelo coveiro que enterrara o irmão da pobre garotinha. Depois desse trágico acontecimento Liesel e sua mãe continuaram a viagem até chegarem ao destino: Molching. Nesta cidade moravam os futuros pais da menina roubadora de livros – Um pintor desempregado e uma dona de casa rabugenta.

Durante essa ficção, os livros roubados pela protagonista da história revelam à mesma o mundo e a vida que a cerca. Assim segue a história narrada poeticamente por uma personagem sombria e ligeiramente gentil.

Este é um dos poucos livros que conseguiu me emocionar. Nunca pude imaginar uma obra tão poética que pudesse nos remeter a reflexões sobre uma tragédia tão verdadeira, A Segunda Guerra Mundial.

Espero que mais pessoas possam conhecer esse magnífico trabalho do caríssimo Markus Zusak. Realmente essa leitura vale à pena.

Termino com a seguinte citação:

"Tive vontade de dizer muitas coisas à roubadora de livros, sobre a beleza e a brutalidade. Mas que poderia dizer-lhe sobre essas coisas que ela já não soubesse? Tive vontade de lhe explicar que constantemente superestimo e subestimo a raça humana — que raras vezes simplesmente a estimo. Tive vontade de lhe perguntar como uma mesma coisa podia ser tão medonha e tão gloriosa, e ter palavras e histórias tão amaldiçoadas e tão brilhantes.

Nenhuma dessas coisas, porém, saiu de minha boca.

Tudo que pude fazer foi virar-me para Liesel Meminger e lhe dizer a única verdade que realmente sei. Eu a disse à menina que roubava livros e a digo a você agora.


• UMA ÚLTIMA NOTA DE SUA NARRADORA •

Os seres humanos me assombram".



Por Anderson Cavalcanti


Zusak, Markus. A menina que roubava livros/; tradução de Vera Ribeiro – 1ª Ed. – Rio de Janeiro: Intrínseca, 2007.

domingo, 15 de agosto de 2010

Automat


"Automat" (1927) Quadro de Edward Hopper - meu pintor preferido.
Essa pintura me fascina.
Gosto desse quadro, de Edward, pela atenção à solidão.
Existe a "solidão necessária", que não significa sermos sozinhos, mas a necessidade
de estar só de vez em quando. Pelo menos comigo é assim.
Às vezes preciso dar um tempo pra tudo,
e ter um momento só meu pra parar e pensar na vida.


AMO MUITO TUDO ISSO!

sábado, 14 de agosto de 2010

À procura da Obra




Captou a beleza, e a paixão está se formando.
Depois de mais uma estréia, deseja a obra; está sob o efeito da paixão.
A obra está cada vez mais introspectiva,
Fora da plataforma ela não quer juntar-se ao olho que no banco brilha.

Serena e misteriosa obra.
Não conhecemos o seu autor, não sabemos onde a encontrar, onde comprar.
Em um banco, só, está o pretérito do trabalho tão procurado.
Se tentar aproximar-se, escapará.

Acreditam que a obra não está pronta.
Vivendo algum processo de transformação, ela prefere o secreto lugar.
Até que esteja pronta, estão a ela esperar.





Publicado no Recanto das Letras em 15/08/2010
Código do texto: T2438816
Anderson Cavalcanti
cavalcantianderson@hotmail.com

sábado, 7 de agosto de 2010

Sonho de Inverno



Ah, essa chuva.
Essa chuva que me traz às cobertas.
Que me faz tremer lá fora, e encolher aqui dentro.
Que me traz ao pensamento: pessoas e histórias.

Ah, esse tempo.
Esse tempo que me traz amores e desejos.
Que me faz ter sonhos, cobertor e travesseiro.
Que me traz, bem aqui dentro, paz e aconchego.

Ah, esse guarda-chuva!
Companheiro nos dias frios, pequeno amparo.
Que cobre meus sonhos, e minha máquina de criações.
Ah, essa chuva, esse tempo e esse companheiro.
Promovem tantas distinções!



Publicado no Recanto das Letras em 07/08/2010
Código do texto: T2424848
Anderson Cavalcanti
cavalcantianderson@hotmail.com

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Encontro com a Cristina Mel


Bom, amigos leitores. Não quero fazer do meu blog um diário eletrônico, mas diante do acontecimento de ontem, eu não poderia deixar de registrá-lo aqui.
Dia 21 de Abril de 2010 foi o dia em que eu finalmente conheci a minha cantora preferida: Cristina Mel. Gosto dela desde criança.
Por volta dos 11 anos de idade eu já enviava cartas pra ela, fazia parte do Fã Clube, recebia postais, enfim, já era fã de carteirinha. “Fã”, não no sentido de fanático, mas como uma expressão para representar o carinho e admiração que tenho por ela.
Cristina Mel apareceu em minha vida como um canal de bênçãos. Através dela eu já aprendi muito como cidadão e como servo de Deus; tomei difíceis decisões, me tornei melhor, me senti melhor, entre outras coisas mais. Além de tudo isso, fico sempre extasiado ao ouví-la cantar com uma voz que é de arrebatar.
Voltando ao assunto inicial, quero contar o momento marcante que tive ontem. Vamos lá...


Chegando ao evento realizado pela IURD no Parque de Exposições em Salvador-BA (O Dia D – com mais de 350 mil pessoas) fui ao encontro dela.
Através dos meus contatos, ela já sabia que eu iria procurá-la por lá.
Acabando de chegar ao Parque de exposições com minha irmã e meus pais, demos de cara com a multidão. Quando vi a quantidade de pessoas me senti desafiado a atravessar aquele monte de gente e ir ao fundo do palco – próximo ao camarim - procurar pela Cristina. Eram muitas, muitas pessoas, e o palco bem distante. Muito aperto. Mas não me senti intimidado e com muito custo cheguei lá.
Fiquei por traz do palco no portão onde ficam os seguranças. Liguei pra o meu contato “XXXXX” (uma pessoa bem próxima da Mel), mas “XXXXX” estava sem o celular.
Pedi pra o segurança chamar a pessoa, mas ele ficou só enrolando.
Então fiquei de tocaia pra ver se conseguia ver a Mel e “XXXXX” passar para o palco.
Daí as vi chegando, e saindo do carro. Comecei a fazer sinal com as mãos pra ver se elas me viam. Daí alguém me viu e falou pra “XXXXX”, aí foi quando “XXXXX” me viu e me reconheceu – fez um sinal pedindo pra eu esperar.
Passaram-se uns 2 minutos, e para minha surpresa apareceu a Mel
falando: "Anderson! Cadê o Anderson? Andersooon!"
Aí quando eu ouvi e a vi fui logo falando: "Oi! Aqui eu!". (rs)
Ela me deu a mão, e eu passei junto com a minha irmã. Achei lindo ela vindo me buscar. (rs)
A Mel foi super simpática e atenciosa. Adorei conhecê-la junto com a Márcia (secretária) e a Isabella (filha). Aproveitando o ensejo: A Márcia é uma pessoa maravilhosa.
No final da apresentação da Cristina Mel, voltei a procurá-la. No meio da nossa conversa ela perguntou por minha mãe. Minha mãe estava à vista do lado de fora do portão com meu pai esperando eu e minha irmã. Aí eu chamei a minha mãe e o meu pai. A Mel deu um sinal para os seguranças e eles liberaram a entrada deles. Aí acabou que a família toda conheceu a Mel.
Ela é I-N-C-R-Í-V-E-L!




Pra quem não a conhece:

sábado, 20 de março de 2010

Uma casinha no meio do mato



Sem muitas coisas, sem muito barulho...
Só o som da natureza,
Só o som da alma.

Sem muitas pessoas, ou sem ninguém.
Apenas por pouco tempo.
Necessária solidão.

Tempo para uma trégua
Uma trégua para tudo, tudo que não seja este mundo;
verde.

No meio do mato,
Em meio ao som do vento e o canto dos pássaros.
O som das folhas dançando nas árvores.

Eu, eu mesmo, comigo, eu.
No meio do nada, vivendo o tudo!






Publicado no Recanto das Letras em 20/03/2010
Código do texto: T2149008
Anderson Cavalcanti
cavalcantianderson@hotmail.com

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Minúsculo


Nutrir-se, e logo emocionar-se com tanta graça.
No meio dessa imensidão contempla-se o dedo de Deus.
Estar diante das mais belas criações divinas: preenche, alegra, transforma.
Que maravilha é ver o mar, e o céu diante dele.
A água que o vento sopra, trás o cheiro da esperança.
Esse ritual - vento e mar - envolve, impressiona.
No meio de toda essa grandeza está um pequeno pensador.
Ele quer voar. Quer mergulhar no oceano, quer o céu alcançar.
Percebe o tamanho dele mesmo, e assim se põe a orar.
Como um grande amigo, ele fala com o Criador, ele começa a cantar.
No canto interiorano desse menino baiano há muito amor, há muito do mar.
Esse algo similar coloca diante desse pequeno ser
o que o Criador a ele unificou:
O cheiro de Deus.



Publicado no Recanto das Letras em 25/01/2010
Código do texto: T2051206
Anderson Cavalcanti
cavalcantianderson@hotmail.com

sábado, 16 de janeiro de 2010

Minha voz



Não aprovei aquelas palavras, assim minha voz saltou.
Parecia suave, mas estava a gritar.
Ela procurava muitos ouvidos, mas não podia os encontrar.
Os ouvidos programados apenas um som podiam escutar.
Resolvi continuar. Os ouvintes pareciam máquinas.
Máquinas barulhentas, e com defeitos a gritar.
Os ouvidos na verdade são mudos, mas gritaram para mim.
Com muita educação, entreguei-os a mensagem.
Agora estou a esperar.
Recebi muitas respostas como estava a imaginar.
Foram respostas que eu já conhecia, mas não podia acreditar.
Quem sabe um efeito inesperado, quem sabe uma verdade.
Mesmo com as audições uniformizadas,
eu podia acreditar que heterogêneas podiam ficar.
Assim minha voz continua procurando a mensagem passar.





Publicado no Recanto das Letras em 16/01/2010
Código do texto: T2032789
Anderson Cavalcanti
cavalcantianderson@hotmail.com

Olhos que falam


São dois olhos. Parecem muito vivos, mas já não posso afirmar.
Um ponto em minha direção. Neste ponto muitas coisas.
Este ponto é preto e me diz o que não posso entender.

No dia anterior: outros olhos. Pareciam algo procurar.
Se apresentavam fortes, mas os via fracos.
Eu conseguia entender, mas não queria me importar.

Dos quatro olhos, me chamam a atenção dois.
São gélidos e indecisos, não conseguem sintonizar.
Eu aqui devaneando, me divirto a pensar.




Publicado no Recanto das Letras em 16/01/2010
Código do texto: T2032786
Anderson Cavalcanti
cavalcantianderson@hotmail.com